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10 de dez de 20202 min

Desinvestimentos contribuem para desenvolvimento de novas indústrias, diz Castello Branco

Presidente da Petrobras participou da sessão Energia para um Mundo em Transformação, na Rio Oil & Gas

FOTO FLÁVIO EMANUEL / AGÊNCIA PETROBRAS

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, destacou nesta quinta-feira (3/12) que o programa de desinvestimentos da Petrobras está contribuindo para desenvolver uma nova indústria de petróleo no Brasil, mais vibrante, e também para a criação de duas novas indústrias – a de refino e a de gás natural. A afirmação foi feita durante a sessão CEO Talks – Energia para um Mundo em Transformação -, da Rio Oil & Gas, o maior evento do setor na América Latina.

“Hoje estamos caminhando para ter uma nova indústria de petróleo no Brasil, com muito mais empresas. O próprio programa de desinvestimentos da Petrobras está contribuindo para fazer isso. Vamos ter pequenos e médios produtores locais, internacionais, uma indústria mais vibrante”, disse o executivo.

Castello Branco também defendeu que a atuação no mercado global dá à Petrobras maior flexibilidade para reagir diante de uma crise como a que estamos vivendo, que em um primeiro momento reduziu muito o consumo de combustíveis no Brasil. Segundo ele, a companhia hoje exporta petróleo e combustíveis para 18 países, sendo a Ásia o principal mercado. “Conseguimos construir um brand name na China, o Tupi Shandong”, disse o presidente, ao mencionar o nome pelo qual é conhecido no mercado asiático o petróleo de Tupi. “Estamos a caminho de consolidar também o petróleo de Búzios, de baixo teor de enxofre, que está sendo muito bem aceito e negociado até com prêmio em relação ao Brent. O nosso combustível marítimo (bunker oil) também tem sido muito aceito, sendo que o maior cliente é Cingapura, que é um eixo global da navegação. Então temos perspectivas muito boas”, acrescentou.

O presidente também ressaltou que o Plano Estratégico 2021-2025, divulgado pela companhia na semana passada, colocou os assuntos relacionados a ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) em uma agenda mais prioritária. Entre as medidas mencionadas por ele estão a criação de uma Gerência Executiva de Mudança Climática, a revisão dos 10 compromissos de sustentabilidade, com a ampliação de algumas metas, e o comprometimento com uma agenda de Pesquisa e Desenvolvimento. “Procuramos não só reforçar a resiliência da Petrobras no negócio de petróleo, mas também buscar soluções ambientais que conciliem o retorno ao capital empregado com a redução de emissão de carbono e processos mais intensos de captura de carbono”, resumiu.

Fonte: Petrobras Imprensa