Até mesmo em função das dimensões continentais do Brasil, as possibilidades de meios de transporte são amplas. Historicamente, o PaÃs pendeu pelo foco no rodoviário, mas o ferroviário, o hidroviário e o marÃtimo também se apresentam como opções disponÃveis. Essa multimodalidade pode, e deve, ser melhor aproveitada. Estamos desperdiçando essa chance, mas é hora de correr para recuperar o tempo perdido.
A multimodalidade viabiliza, assim, duas vertentes de logÃstica: a multimodal propriamente dita e a intermodal. Os termos têm significados parecidos, por vezes até são tratados como sinônimos, no entanto, em suas aplicabilidades práticas, há uma diferença substancial para distinguir uma de outra: a gestão desde o ponto de partida até o local exato de entrega da carga.
Tanto na logÃstica multimodal como na intermodal, diversos meios são utilizados no trajeto. Por exemplo, uma carga ir de trem até um terminal portuário, de lá ser transportada por cabotagem até outro porto do paÃs e, do cais até seu destino final, ser entregue por caminhão.
No entanto, na logÃstica multimodal apenas um operador – o Operador de Transporte Multimodal – é o responsável por todo o processo. Apenas um conhecimento de carga, isto é, único documento de expedição cobre todo o processo, inclusive em casos quando, entre um embarque e outro no meio do caminho, a carga precisa ficar armazenada em algum depósito, por exemplo.
Na logÃstica intermodal, por sua vez, a convergência de modais é a mesma, porém o conhecimento de carga, ou seja, a documentação referente ao processo não é única. Para cada transporte, uma documentação especÃfica é expedida. A responsabilidade pela carga é dividida entre os diferentes elos nessa cadeia de transporte.
Ora, como visto, a necessidade de uma gestão eficiente da operação se sobressai em qualquer uma das vertentes. O controle da documentação e, isso significa dizer, o controle da carga e de todos os fluxos de seu transporte, tudo isso requer critério, precisão. Está nesse ponto um dos gargalos da logÃstica brasileira: em regra, esse fluxo ainda é administrado mediante planilhas, de forma manual e até analógica.
Perde-se tempo, portanto perde-se em produtividade. Informações e Dados preciosos para a tomada de decisões, desde as estratégicas até as pontuais, emergenciais, escapam, porque é humanamente impossÃvel fazer em pranchetas ou programas simples de computador o controle de cadeia tão complexa como é a logÃstica. Isso não precisa mais ser assim, nem pode.
Temos a tecnologia como aliada. Robotização, automação e inteligência artificial estão aà para serem utilizadas na gestão da carga, da frota, dos motoristas, do trajeto. Desde o embarque inicial à entrega em seu destino último, passando por todas as integrações multi ou inter modais – quando estas se aplicam (e, como dissemos, dadas as dimensões continentais do Brasil, cada vez mais a convergência de meios de transporte se faz necessária).
Sem tempo a perder, devemos digitalizar os processos logÃsticos, ou seja, dotar o Brasil de uma logÃstica 4.0. Aqui na CargOn daremos a nossa contribuição. Desenvolvemos soluções tecnológicas, já adotadas por empresas de vários portes de atividades econômicas como indústria, varejo e agronegócio, na gestão do transporte de seus valiosos bens – o fruto de seus processos produtivos.
LogÃstica 4.0 é ganho direto para o setor produtivo e para a sociedade de um modo geral. Otimizar operações é diminuir despesas e cortar desperdÃcios – é, então, diminuir o Custo Brasil. É reduzir consumo de combustÃvel, de pneus – é, assim, reduzir emissão de fumaça, queima de borracha. E a multimodalidade na logÃstica é estratégica para a implementação de fluxos de transporte de cargas mais racionais e sustentáveis.
Por Denny Mews, fundador e CEO da CargOn.
Fonte e imagem: InforChannel