Uma das maiores contribuições da tecnologia repousa em um entendimento assertivo sobre o uso e direcionamento dos recursos disponíveis.
A Transformação Digital chegou para simplificar a vida do gestor, agilizar etapas operacionais e valorizar os colaboradores em atividades mais estratégicas. Se pudéssemos resumir a importância da tecnologia nos dias atuais, essa seria uma definição bastante coerente. Mesmo assim, devido à amplitude do tema, existem outros quesitos que acabam em segundo plano que também são preponderantes para que a transição ao digital provoque os efeitos desejados. Por isso, a importância de se discutir o tema através de uma visão macro, considerando todas as possibilidades que a inovação traz ao meio empresarial.
Não é raro identificar uma organização cuja distribuição de recursos não está sendo conduzida de forma a maximizar os resultados. É preciso compreender as maiores necessidades de sua realidade empresarial, observando gargalos, pontos de melhoria, novos métodos de trabalho e uma inteligência analítica que só a digitalização é capaz de proporcionar. A tecnologia possibilita, além de outras movimentações positivas, um diagnóstico completo sobre a situação operacional apresentada pelas empresas.
Análise de dados favorece o uso consciente de recursos
Em termos práticos, com a automatização e integração do fluxo de informações, os gestores, bem como seus colaboradores, poderão utilizar os dados coletados como referenciais para decisões conscientes, sempre apoiadas por insights alinhados com a assertividade reconhecida em ferramentas digitais. Com uma cultura de inteligência analítica normalizada no dia a dia operacional, torna-se possível adotar uma abordagem estratégica sobre a aplicação dos recursos disponíveis, levantando pontos positivos e negativos.
Esse nível de eficiência no uso das informações, consequentemente, abre espaço para que a redução de gastos desnecessários contraponha à noção de que a tecnologia é um objeto custoso para as empresas. No fim, o custo-benefício fala por si só, configurando mais uma ótima justificativa para os que desejam aderir à transformação digital.
Reformulando o papel do profissional
É quase impossível tratar o tema proposto pelo artigo sem considerar a participação humana nesse cenário. Por anos colocou-se os profissionais em antagonismo à presença da tecnologia no ambiente de trabalho, como se a máquina fosse responsável por extinguir o protagonismo das pessoas. Felizmente, essa linha de pensamento tem sido desmistificada na prática, com cada vez mais organizações presenciando um equilíbrio proveitoso entre partes que não precisam ser opostas.
A tecnologia pode e deve servir como uma espécie de ponte para que a função do profissional seja predominantemente estratégica. Com as atividades repetitivas e padronizadas a cargo da automação, essa proposta se mostra factível, na medida em que as equipes serão realocadas para cumprir finalidades complexas e subjetivas, que valorizem a capacitação individual e coletiva. Os ganhos de produtividade e engajamento, certamente, serão outros elementos favoráveis ao uso racional dos recursos.
Atualmente, o espaço para despesas evitáveis, colaboradores insatisfeitos e reduzidos a cargos que não os valorizem enquanto profissionais, bem como um processo de tomada de decisão embasado somente por intuição, se encontra muito mais enxuto. Não por acaso, afinal, o dinamismo do mercado simplesmente não permite organizações que caminhem a passos vagarosos rumo à inovação. Esse nível de exigência também se aplica ao público consumidor.
Por fim, volto a enfatizar que não se trata de uma entrada forçada à era tecnológica, esperando que os resultados positivos aconteçam sem grandes esforços. A transformação digital, de fato, é uma realidade inadiável, e para que essa movimentação seja completa, é de suma importância que o gestor se atente à racionalização dos recursos.
Por: Fernando Brolo, Sales Partner na logithink.
Fonte e imagens: InforChannel
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