A virada da Transformação Digital: questão de sobrevivência
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A virada da Transformação Digital: questão de sobrevivência

Transformação Digital. Quando ouvimos ou lemos essa expressão, imediatamente pensamos nas grandes redes varejistas, nas indústrias e multinacionais. Afinal, são elas que têm condições financeiras de digitalizar processos mais rapidamente. Contudo, é um erro pensar assim. A pandemia de Covid-19 mostrou a todos os empresários, grandes e pequenos, que a digitalização é mais do que diferencial; é questão de sobrevivência. Hoje as PMEs também estão se transformando digitalmente, permitindo que a economia brasileira como um todo dê um passo importante rumo ao futuro dos negócios.


Evidentemente isso não é feito do dia para a noite. Um levantamento do Sebrae indica que 43% dos pequenos empreendedores ainda realizam a gestão financeira em um caderno – outros 27% utilizam planilhas de Excel. Os dados deixam claro que, nesse mercado, o nível médio de maturidade em relação às ferramentas de TI ainda é baixo. Mesmo assim, o ritmo de transformação é impressionante. Primeiro pela necessidade, já que o longo ciclo de contração econômica que o Brasil enfrenta obriga as empresas a inovarem. Depois, a oferta cada vez maior de ferramentas de gestão de baixo custo ou até gratuitas.


Quem está à frente dessa transformação não são as grandes empresas de TI, mas sim as startups que desenvolveram e ofertam serviços para as PMEs. Elas não atuam com esse perfil de forma extraordinária e promocional por conta da pandemia, mas como estratégia central do modelo de negócio. A Transformação Digital veio para ficar e é importante lembrar que estamos apenas no início dessa revolução. Após a primeira onda com ferramentas voltadas a controle e gerenciamento, as pequenas e médias empresas estarão aptas a consumir e se beneficiar de ferramentas de inteligência de negócios, como as voltadas para previsão de demanda, otimização de preços, inteligência geográfica, entre outras. São as fronteiras tecnológicas que as grandes corporações estão explorando atualmente.


Até porque o Brasil possui um terreno fértil para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o universo dos pequenos negócios. As dificuldades de montar – e manter – uma empresa são gigantescas. Há grande complexidade tributária, altas taxas de juros cobradas ao tomador final e diversos problemas que tornam mais difícil a vida do empreendedor. Assim, a adoção de tecnologias tende a resultar rapidamente em redução de custos, melhor eficiência operacional, diminuição de riscos tributários, entre outros.


Por isso, o principal gargalo atualmente não é mais financeiro. Os altos investimentos necessários para adquirir soluções tecnológicas assustavam antigamente, mas isso já está resolvido em certa medida, como citado. Agora a dificuldade é justamente cultural. É preciso inserir essas ferramentas na rotina do pequeno empreendedor. Ainda hoje muitos empresários não têm conhecimento sobre como e por que aplicar essas tecnologias em suas empresas. É preciso “evangelizar” o setor com apoio das grandes corporações, instituições, das próprias startups, entre outros atores.


A Transformação Digital, portanto, já começou e envolve não apenas os grandes, mas os pequenos empresários. Quem quiser se destacar e sobreviver no segmento em que atua precisa buscar apoio de soluções tecnológicas em seus processos. A não adoção dessas tecnologias resultará quase certamente em falência da empresa, cedo ou tarde. Não há motivos para ignorar essa realidade, uma vez que a adesão é cada vez mais simples e barata. O gap competitivo entre quem utiliza e quem continua no manual vai aumentar demais dentro das PMEs – até se tornar insustentável para quem resistir à transformação.


Por: Bruno Rezende é CEO da 4Intelligence

Fonte e imagens: InforChannel

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