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Acredita pode acelerar modernização dos pequenos negócios

Expectativa é que programa de crédito, lançado esta semana, favoreça a transformação digital e a inovação


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O lançamento do Programa Acredita, anunciado esta semana pelo Governo Federal para ampliar o acesso do pequeno negócio ao crédito, é uma boa oportunidade para que microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenos empresários tenham acesso a dois ativos fundamentais para o sucesso dos empreendimentos no século 21: digitalização e inovação.


A expectativa é da gerente da Unidade de Transformação Digital (UTD) da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Adryelle Pedrosa. Para ela, a saúde financeira do negócio traz condições positivas para a adesão do pequeno empreendedor a novas soluções. “Quando essas empresas têm acesso a crédito e mais condições financeiras, elas podem melhorar sua saúde financeira e ter mais disponibilidade de recursos para investir em tecnologia e inovação”, comenta.


Criado esta semana por meio de Medida Provisória elaborada em conjunto pelos ministérios da Fazenda, do Empreendedorismo e do Desenvolvimento Social, o Programa Acredita lança linhas de crédito para diferentes segmentos.


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Além do microcrédito para inscritos no Cadastro Único, que inclui 4,6 milhões de pessoas que já empreendem como MEIs e 14 milhões que desejam abrir seus negócios, a medida oferece a MEIs e microempresas o ProCred 360, uma linha de crédito especial, com juros diferenciados.


A iniciativa do governo institui, também, o Desenrola Pequenos Negócios, plano que permitirá a renegociação de dívidas para MEIs, Micro e Pequenas Empresas (MPEs). Libera, ainda, a renegociação de dívidas no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), esquema de crédito criado na pandemia de Covid-19.


Os pequenos negócios serão igualmente favorecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que ampliará as linhas de crédito que integram o Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (FAMPE) com a viabilização de mais R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos, com Fundo Garantidor de R$ 2 bilhões.


Sondagem de investimentos


O Programa Acredita abre espaço para a melhora dos números apurados na sondagem de investimentos em digitalização das empresas do 4º trimestre de 2023, realizada pela ABDI e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Anunciados em janeiro deste ano, os indicadores da pesquisa apontam que, em 2023, tanto MPEs quanto os setores em geral demonstraram tendências de estabilização ou declínio nos investimentos em digitalização.


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Entre as Micro e Pequenas Empresas, o levantamento mostrou uma alta nos investimentos efetuados de 1,4 ponto em relação ao trimestre anterior, mas queda de 2,1 pontos quando comparado com o quarto trimestre de 2022. O indicador de investimentos previstos em digitalização, por sua vez, registrou aumento em relação ao trimestre anterior de 2,5 pontos e uma evolução de 0,7 ponto, na variação anual.


“As MPEs têm uma natureza considerada mais cautelosa por operarem, em geral, com recursos mais limitados e com maior restrição de alcance de atuação, quando comparadas com as grandes empresas”, explicou o analista de Produtividade e Inovação da ABDI Raphael Ribeiro, por ocasião do anúncio da pesquisa. “Além disso, podem não ter acesso fácil a capital ou a expertise necessária para implementar e gerenciar soluções digitais mais avançadas”, completou.


MEIs e MPEs representam 95% de todas as empresas em funcionamento no Brasil. Com o acesso facilitado às novas linhas de crédito pelo Acredita, a expectativa é que o novo cenário favoreça a modernização desse largo universo, responsável por mais de 55% dos empregos formais gerados no país e por 32% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.


No ano passado, os pequenos negócios em segmentos como comércio, construção, indústria de transformação e serviços foram responsáveis pela criação de oito a cada dez empregos com carteira assinada no Brasil.


Fonte e imagem: ABDI



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