Pesquisa da Ipsos revela que metade dos entrevistados enxergam que suas profissões serão automatizadas
Metade dos brasileiros (51%) acredita que seu trabalho poderá ser automatizado nos próximos anos. O Brasil é o quarto país que mais enxerga essa possibilidade, ficando atrás apenas de Índia (71%), Arábia Saudita (56%) e China (55%). A média global é de 35%. Os dados são da pesquisa “Global Views on Jobs and Automation”, realizada pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial.
Hungria (14%), Alemanha (14%) e Holanda (16%) são os países que menos acreditam que a automação chegará ao seu trabalho.
“A automatização é uma realidade que não parece incomodar os brasileiros; pelo contrário, a crescente exposição a novas tecnologias, funcionalidades, facilidades no trabalho é vista com confiança. Assim, somos conduzidos a nos adaptar às novas formas de execução de tarefas. A pressão exercida pelas novas gerações que costumam adotar mudanças tecnológicas com mais rapidez precipita nossa movimentação”, comenta Rafael Lindemeyer, Diretor de Negócios na Ipsos.
No Brasil, sete em cada dez entrevistados (68%) estão confiantes de que terão as habilidades necessárias para que seus trabalhos continuem a existir no futuro. O resultado global é bem parecido: 69%.
A Índia é o país que mais acredita que terá essas habilidades, com 84%. Em seguida estão: Holanda (83%) e Estados Unidos (82%). Na outra ponta do ranking, Japão (23%), Coreia do Sul (33%) e Rússia (50%) são as que menos acreditam.
Globalmente, proprietários de empresas (47%), tomadores de decisão (45%) e trabalhadores com maior nível educacional (36%) são os que mais esperam que seus trabalhos sejam automatizados. O índice entre os que não são donos de empresa, não tomam decisões e não tem nível superior é menor: 30%, 29% e 32%, respectivamente.
No entanto, os empresários (77%), tomadores de decisão (78%) e aqueles com nível superior de educação (76%) têm mais convicção de que possuem as habilidades necessárias para que seu trabalho sobreviva à automação do que quem não é dono de empresa (67%), não toma decisões (66%) e não tem nível superior (66%).
A pesquisa on-line foi realizada com 13,7 mil entrevistados em 28 países, incluindo o Brasil, entre 20 de setembro e 4 novembro de 2019. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
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