Liderança e motivação: uma receita perfeita para equipes de sucesso
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Liderança e motivação: uma receita perfeita para equipes de sucesso

A prosperidade de muitas empresas depende de um ponto de suma importância: contar com líderes que engajam e motivam suas equipes. Uma boa relação entre líder e liderado é uma virada de chave fundamental para que metas ousadas possam ser traçadas e alcançadas com êxito.


Carlos Boechat
Carlos Boechat - Diretor Associado de Industry X na Accenture, Especialista e Mentor em Transformação Digital

Um verdadeiro líder possui em sua essência a vontade de servir as pessoas. Servir para desenvolver, aprender e impactar positivamente a vida das pessoas.


Tive a honra de participar de um episódio do InsiderCast e ser entrevistado pelos queridos Clayton Lucio, Bah Rodrigues e Fabio Araujo de Oliveira. Durante a conversa, compartilhei diversas dicas sobre liderança e insights interessantes sobre a importância da autenticidade de um líder de sucesso.


Veja a entrevista completa:



Clayton Lucio: Olá! Sejam bem-vindos a mais um InsiderCast! Hoje nós vamos falar sobre como a liderança e motivação, quando andam juntas, são o primeiro passo para o sucesso. Também vamos falar de como a relação entre gestores e colaboradores é um ponto vital para o crescimento de uma empresa. Eu queria fazer um questionamento logo de início, que é o seguinte: você sabe o que realmente é de fato um líder?


Hoje nós vamos falar o quão importante é o papel dele para manter a equipe motivada e engajada. E para falar sobre esses e outros assuntos, nós temos aqui um especialista na área. Ele se chama Carlos Boechat. Ele é diretor associado da Accenture Industry X América Latina.


Carlos, muito obrigado por aceitar nosso convite e seja muito bem-vindo ao IsiderCast!


Carlos Boechat: Olá, muito obrigado, Clayton. Agradeço todo time pelo convite e é uma alegria muito grande estar aqui com vocês, especialmente para falar de liderança e compartilhar um pouco da nossa experiência e conhecimento.


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Clayton Lucio: A gente agradece, Carlos. E como o Carlos falou, nós temos duas pessoas maravilhosas aqui e eu queria chamar primeiramente ele o menino de Oz. E aí, Fábio. Tudo bem? Está muito frio?


Fábio Oliveira: O Clayton está muito frio aqui em Oz. Acho que os líderes da temperatura não estão ajudando a gente aqui não. E eu estou vendo também que a Bárbara deve estar com muito frio, inclusive, ela está com uma boina. Hoje está com um estilo mais europeu.


Bárbara Rodrigues: A meu ver, aqui está frio. Olha, podia estar em Paris? Não, mas não estou nem em Aparecida do Norte. Estou em São Vicente mesmo, com a sinusite no grau, atacada, daquele jeito. Vamos esquentar então este nosso bate papo já começando como um conceito. Carlos, queria saber de você o que pra você é um líder? O que é ser um líder? De onde vem essa paixão pelas pessoas e, claro, pela liderança?


Carlos Boechat: Acho que falando de conceito, liderar é servir as pessoas, é estar sempre com esse olhar atento, com a escuta ativa, justamente para poder conseguir ajudar e impactar positivamente a vida das pessoas. É desenvolver pessoas! Enfim, é gostar de pessoas.


E você perguntou sobre de onde que surgiu isso? Eu brinco que isso eu já carrego desde a minha infância. Então eu lembro que eu sempre gostei de estar com pessoas, com amigos, colegas, com a família, sempre quando tinha aquelas brincadeiras de escola e também em clube onde tinha algum esporte para praticar. Eu sempre procurei ali ter alguma situação, seja como um capitão do time, seja como alguém que estava ali tentando organizar e de alguma maneira liderar as pessoas que estavam ali comigo. É algo que eu já carrego, e é claro que eu trouxe isso também para a minha vida profissional.


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Fábio Oliveira: Poxa legal! Boechat, queria que você comentasse um pouquinho pra gente o quanto o líder pode influenciar na motivação e no engajamento dos colaboradores. Queria que você contasse um pouquinho da importância do líder sobre essa perspectiva.


Carlos Boechat: Esse é um tema muito polêmico. Tem pessoas que falam e que não acreditam que a gente possa motivar uma outra pessoa e que isso parte mais da própria pessoa. Eu já sou de uma visão que a gente consegue sim. E aí que começa muito por aquela questão da energia que você consegue trazer para o time, para as pessoas. Aquele olhar que você tem para a vida de uma maneira leve e alegre. Quando você está fazendo algo que você ama, que você realmente tem a satisfação de estar ali trabalhando, por exemplo, e aí sim, com certeza isso é algo que acaba impactando nas pessoas e de alguma maneira a gente consegue sim motivá-las ainda mais para que possam gerar melhores resultados e ser mais felizes.


Clayton Lucio: Boechat, continuando falando sobre motivação. Eu queria que você falasse um pouco sobre os insights, dicas ou conselhos que você daria para um líder para que ele possa potencializar a motivação e engajamento dos colaboradores.


Carlos Boechat: Ótima pergunta, Clayton. Acho que a primeira dica é realmente a gente conhecer as pessoas que trabalham conosco. Ter esse olhar para as pessoas, ter a escuta ativa, então essa seria uma primeira grande dica.


A segunda dica que eu posso dar é tentar transmitir energia também de alguma maneira. Então, não é todo dia que você está bem, não é todo dia que também você está com um alto astral. Mas naqueles momentos em que você estiver de alguma maneira passando alguma mensagem, uma reunião de equipe, eu sempre tento passar uma energia positiva. Claro, a exceção tem, de repente, teve alguma situação, o episódio na família, algo do tipo. E também a gente tem que ser autêntico. A ideia não é criar um personagem, nada disso.


Uma outra dica que eu também gosto de dar é com relação a alguns livros. Então, eu diria que tem bastante livros aí de liderança. Mas acho que antes de qualquer coisa, a gente tem que olhar um tema, que é o autoconhecimento. E aí tem alguns livros especificamente, outro dia eu dei uma dica que foi: o milagre da manhã. Acho que muita gente já leu esse livro, mas é um livro que eu gosto bastante e que nos provoca e faz a gente refletir sobre o nosso dia a dia. Com certeza ajuda nessa questão da motivação própria e automaticamente a motivação das outras pessoas.


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Bárbara Rodrigues: Boechat, agora queria falar sobre qualidade de vida com você. Como que um líder pode aprimorar sua liderança sem impactar a qualidade de vida? Você falou sobre o milagre da manhã, então entra um pouco nisso, nessa questão de tem dias que a gente não está tão bem. Mas eu queria saber de você como que a gente pode fazer para melhorar essa qualidade de vida, sendo um líder e ainda mantendo tudo o que um líder precisa ter no dia a dia.


Carlos Boechat: Eu acredito que o conceito de liderança mudou muito. Antigamente tinha aquela questão de querer achar que você tem que trabalhar o dia inteiro e transmitir essa mensagem. Aí o líder passava esse tipo de imagem para as outras pessoas e eu me coloco nisso também. Dez anos atrás, acabava tendo esse tipo de situação. Mas o fato é que o modelo de liderança atual, ela é mais humanizada e ela passa por um equilíbrio, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Então, quando falamos, por exemplo, do milagre da manhã, ali já mostra como que você vai iniciar o seu dia, né?


E aí você consegue já começar com uma rotina, com uma boa alimentação e com o esporte. Isso sempre ajuda, tem gente que prefere fazer esporte também à noite. Eu gosto muito de futebol e tênis. Às vezes eu pratico à noite, tem vez que é de dia. Então acaba variando nesse aspecto. Mas o fato é que os pilares pessoais e profissionais eles têm que se equilibrar.


Então o trabalho é muito importante, mas ele não é a única coisa da vida e para você ter sucesso nele também passa por você estar bem nas outras esferas, seja familiar, seja saúde. E aí saúde eu falo da saúde física, mental, espiritual, emocional, enfim, esses são alguns comentários.


Fábio Oliveira: Boechat, eu quero fazer uma pergunta agora que gera um pouco de controvérsia entre muitos líderes. Afinal, compaixão e liderança andam bem juntas? É possível ter uma liderança mais humanizada?


Carlos Boechat: Sim, é possível! Ao final do dia somos seres humanos, então, essa questão de ter um tipo de liderança mais fria que que você não liga para as pessoas, para o sentimento das pessoas, que vai tomar somente decisões que são racionais. Eu não acredito nisso. Eu acho que no final do dia toda decisão ela, por mais que você ache que ela é racional, por trás disso você tem ali um peso emocional.


A gente tem que ter compaixão e tem que olhar o ser humano. Às vezes, de repente, aquele profissional não está rendendo melhor do que se espera dele naquele instante, mas você não sabe o que está acontecendo na vida daquela pessoa. Por trás disso, pode estar tendo alguma perda que a pessoa teve na família, alguma situação de desconforto ou algo que de repente esteja atrapalhando o seu rendimento. E a gente tem que estar sempre atento a isso, principalmente ficar esperto com relação a mudanças de comportamento. De repente, aquelas pessoas que entregavam e faziam sempre trabalho com excelência, de repente têm uma queda de rendimento ou uma queda de produtividade, pode reparar que alguma coisa tem por trás disso e que está afetando ela no dia a dia e, consequentemente, acarreta ali no trabalho. Então, sim, eu sou totalmente favorável a essa questão. Eu sei que é polêmica, mas eu acho que andam lado a lado.


Clayton Lucio: Sim, realmente. Não dá pra dividir o profissional do pessoal muitas vezes, né? São coisas interligadas, em que muitas vezes coisas na vida pessoal daquela pessoa acabam interferindo no trabalho. E um líder que está consciente disso, que consegue ter uma visão um pouco mais humanizada, consegue até auxiliar aquela pessoa nesses momentos de dificuldade. Eu queria falar com você agora a respeito, mais especificamente, da Accenture. Quais são os principais desafios do seu trabalho?


Carlos Boechat: Vamos lá, tem vários desafios. Eu, quando entrei na Accenture, nessa área de Industry X, eu entrei com o desafio de conseguir ajudar a Accenture a ser cada vez mais líder no mercado que envolve a transformação digital das indústrias. Então, um grande desafio foi, sim, conseguir traçar uma estratégia, abrir portas e desenvolver negócios.


Um outro desafio grande no pilar de pessoas que é, não só da formação de time, do crescimento desse time, mas da gestão e manutenção também das pessoas. A gente sempre tem esse olhar atento com relação a isso.


E também diria que tem um grande desafio, que é fazer entregar os projetos com excelência, porque a gente quer continuar com o relacionamento ativo nos nossos clientes, nas indústrias e que eles possam falar bem de nós para outras empresas e que a gente possa propagar esses cases no mercado.


Então, para isso, os projetos têm que ser feitos com excelência. Então, diria que um desafio foi estratégia, vendas, negócios. Outro pessoas. E o terceiro, que é a questão de delivery, entrega e excelência dos projetos. Esses são os principais desafios atuais do meu trabalho. Claro, somado a isso, tem uma série de desafios, que é entender a Accenture, a estrutura, a organização. Você tem a questão, por exemplo, da agenda ativa de aquisições, como a gente acabou de fazer agora nesse ano. Mas, enfim, são vários desafios.


Bárbara Rodrigues: Acho que pode ser um desafio, mas também é muito prazeroso. A gente descobriu que você é nosso companheiro aqui de apresentação. Você tem um projeto que é o DigitalCast, que você apresenta semanalmente com o Rodrigo Portes, que fala sobre carreira, negócios e network no YouTube. Conta pra gente um pouquinho dessa tua experiência e dessa outra faceta.


Carlos Boechat: Fora o meu trabalho que eu já executo, eu tenho outras atividades que eu busco impactar de alguma maneira positivamente a vida das pessoas e de algum modo, também as indústrias. Então, o DigitalCast é uma ação sem fins lucrativos que visa o compartilhamento do conhecimento nos pilares de transformação digital e indústria 4.0.


Mas assim, eu diria que é um trabalho sem fins lucrativos, mas ele é muito prazeroso. É algo que você vê e recebe feedbacks constantemente e acaba notando que, de alguma maneira, você está conseguindo ajudar as pessoas tanto a conhecer aquele tema específico quanto aquela indústria que quer buscar algum caminho, seja na parte de tecnologia, de estratégia, processos, pessoas, modelos de negócio, enfim. Então é algo que semanalmente, toda quinta-feira, às 20:30, e a gente já está no final da primeira temporada. Espero que venha, mais a segunda e outras aí pela frente.


Paralelo a isso, tenho outras agendas como comentei. A revista Setor Elétrico, eu sou responsável pelos fascículos de indústria 4.0 e transformação digital. Vira e mexe estou em algum evento, alguma palestra, seja em algum segmento específico, seja alguma coisa ligada à indústria 4.0, transformação digital, liderança e empreendedorismo, que também sou empreendedor e tem toda uma história por trás disso, intraempreendedorismo e até mesmo com as escolas e faculdades. Sempre que eu posso, também compartilho com os alunos.


Fábio Oliveira: A gente vai chegar aqui no momento do IsiderCast, que é o momento da pergunta coringa. Você vai selecionar o número de 1 a 10 e a gente vai fazer essa pergunta para você agora no ar. Qual o número que você escolhe?


Carlos Boechat: Dez!


Fábio Oliveira: A pergunta é sobre livro. Qual livro que mais mudou a sua vida? E por quê?

Carlos Boechat: Que pergunta difícil, porque tem vários livros aí ao longo da vida e cada um teve a sua relevância. Eu gostei muito de um livro chamado Metanoia. É um livro que me fez refletir como empreendedor a maneira como você pode ter um conceito de empresa única e não ficar ali numa situação de repente num Mar Vermelho, e partir na busca pelo Oceano Azul. Como você consegue ter uma empresa, um negócio, uma área que ela vai ser única?


Esse conceito da empresa única me fez abrir demais a mente com relação tanto a empreender no próprio negócio que eu já tive, quanto em outros empreendimentos que também estou tocando. E assim como também na própria Accenture, como intraempreendedor. Então, acho que esse é o livro, sem dúvida foi um dos que mais me impactou.


Clayton Lucio: Carlos, agora chegou a parte de tirar um pouquinho seu crachá e conhecer mais um pouquinho você. A gente percebeu que você é mineiro, que já teve uma vida profissional, que foi iniciada há mais de 15 anos. A maioria dos nossos convidados aqui sempre tem uma história interessante de vida e eu acredito muito que para você ser um desses profissionais, tem que ter sido antes uma grande pessoa, com desafios e através de desafios vencidos. Ter tido várias experiências e vários aprendizados.


Então, eu acho que mais importante do que a gente saber sobre as vitórias, as vitórias são muito importantes, é claro. Mas o mais importante é saber quais desafios aquela pessoa enfrentou. O que ela aprendeu durante esse caminho e aprender com essa pessoa. Então, minha pergunta é a seguinte: quais foram seus maiores desafios pessoais e profissionais? O que você aprendeu com eles? O que você poderia deixar de conselho aqui para quem está te ouvindo?


Carlos Boechat: Foram vários desafios ao longo da vida. E bem, primeiro que eu sou mineiro e sim pelo sotaque deu para perceber. Nascido em Governador Valadares, mas eu não fui morar nos Estados Unidos. Fui criado em Ouro Branco, numa cidade na época tinha 30.000 habitantes. Agora, deve ter 40.000 habitantes perto de Belo Horizonte. Sou casado, não tenho filhos e nesse momento tenho 37 anos. Então, esse é um pouco sobre mim.


Vamos lá alguns desafios, primeiros pessoais. Bem, eu, ao longo da vida tive vários desafios. Primeiro que a família toda era de Valadares e quando criança a gente mudou para Ouro Branco e teve toda aquela situação de meus pais, numa cidade que era muito quente para outra que era muito fria e com uma criança ali. Eu tinha três anos de idade quando eu fui para lá. Teve aquele primeiro desafio, que era se adaptar ali, numa cidade, mas era algo que eu não tinha consciência nenhuma. Era um desafio até mais para meus próprios pais.


Quando eu estava com 15 anos, meus pais se separaram e ali teve um grande desafio para mim, para minha irmã mais ainda pois ela estava com nove anos. Foi realmente uma situação complicada naquele momento. Teve um outro desafio que quando eu estava com 16 anos, eu mudei para Belo Horizonte para morar em República, dois quartos para quatro pessoas, dividindo apartamento com colegas, enfim, saindo da zona de conforto. Eu estava ali na casa dos meus pais e tinha ido morar no centro de Belo Horizonte, numa república, tirando ali a situação de conforto. Ali foi um outro grande desafio.


Tive desafio, sim, de frustração. Tinha vontade de ser jogador de futebol. Cheguei até o Júnior, categoria de base. Aí, por uma série de motivos, entre elas as lesões no tornozelo eu acabei não conseguindo evoluir nessa profissão que eu queria para mim.


Tive um outro grande desafio quando entrei na faculdade de engenharia, porque até então ficava naquela dúvida. Primeiro que eu queria ser jogador de futebol. Enfim, quando resolvi fazer o curso superior, eu estava entre administração e acabei entrando na engenharia. Dou graças a Deus por isso e sou muito feliz por ter feito engenharia na PUC Minas, engenharia elétrica-eletrônica e de telecomunicações. Mas na época, eu lembro que quase todo mês eu pensava em largar o curso. Então, foram alguns anos ali que eu passei por grandes desafios.


Até que comecei a trabalhar na área, comecei a fazer o primeiro estágio, apaixonei e gostei demais. Então eu falei: opa, tô no lugar certo. Gosto de trabalhar na área, só não gostando muito dos estudos. Não é que eu não gostava, eu gostava do dia a dia, mas quando vinha período de prova, tudo mais, aí já passava a não gostar muito.


E eu tive outro grande desafio quando foi o momento de formatura. Estava numa época de crise no Brasil, em 2008, 2009. Aquela dúvida, forma e não tem a garantia se você vai ser efetivado, então posterga a formatura, que talvez seja melhor. Eu optei por não postergar, corri o risco e acabou dando certo. Na época, fui efetivado.


Na sequência, logo que eu fui efetivado, eu tinha um Uno, peguei o carro e fui lá para o sul da Bahia, quando eu estava perto de Valadares, eu tive um acidente e dei PT (perda total) no meu carro e no outro carro também. Graças a Deus ninguém teve nada no outro carro, se não estaria aqui me culpando até hoje. Acabei dormindo no volante, enfim, aquela vontade de chegar logo na praia e um pouco de irresponsabilidade de não parar para tomar o café, para poder ir ao banheiro, abastecer o carro. Eu falo que eu nasci e renasci em Governador Valadares. Então isso foi um grande desafio na minha vida.


Teve a mudança também para São Paulo, eu trabalhava na Siemens em Belo Horizonte. Tive convite para ir para São Paulo. E esse também foi um grande desafio, porque estava saindo do ambiente de uma regional para ir para uma matriz ali no Brasil, onde tinha um estilo diferente, conhecer pessoas com perfil diferente e um pouco mais de competitividade também no meio do trabalho. Então, logo no primeiro momento, tem um pouco de um choque.


E aí, seguindo essa linha de desafios, também teve outra. Quando eu resolvi empreender junto com os meus colegas, eu estava na GE, eu tinha uma situação interessante, estava trilhando ali a carreira, eu já tinha uma remuneração interessante, e na época eu decidi largar tudo para ganhar zero e aí começar o negócio com os colegas sem a garantia de nenhuma receita mensal. Mas graças a Deus tudo deu muito certo e logo no primeiro ano já tínhamos 14 milhões em vendas.


Até que no quarto ano a gente já estávamos com um grupo com três empresas, uma startup num total de mais de 150 funcionários e decidimos vender a empresa. Aí entrou outro grande desafio, que foi como fazer essa migração do empreendedor para uma situação que a gente já não era mais o majoritário. Como trabalhar como diretor executivo nesse cenário de aquisição.


E agora na Accenture, outro desafio que é intraempreender, voltei novamente a ser executivo depois dessa janela de quatro anos, empreendendo mais dois da aquisição, enfim, seis anos ao todo que eu não era CLT. Hoje estou aqui na Accenture também com grandes desafios.


Então acho que eu falei que a resposta seria longa tendo menos uns dez grandes desafios aqui ao longo da vida.


Bárbara Rodrigues: A gente adora essas respostas porque sempre inspiram a gente aqui. Na verdade, é a pergunta que a gente, os Insiders, mais gostam, porque tem a ver com o tema principal aqui do episódio, que é a liderança humanizada. A gente humaniza as pessoas, então a gente adora essas respostas mais longas. A gente adora saber os desafios, mas infelizmente coube a mim hoje dar esta notícia e estamos chegando ao final do episódio. Queria que você deixasse um recado final para nossa audiência e também as suas redes sociais para quem quiser acompanhar um pouco mais do seu trabalho.


Carlos Boechat: Bem, primeiro agradecer pelo convite. Como eu disse, é uma alegria muito grande estar aqui com vocês. Eu diria que como mensagem, acho que a gente tem que buscar ser um ser humano melhor, ser uma pessoa melhor e como que a gente consegue também contagiar e impactar positivamente a vida das pessoas. A gente tendo esse mindset, tudo acaba acontecendo. Sempre essa questão de energia e de positividade. Então, aqui fica um convite também para todos os líderes a seguir um pouco dessa linha.


E em relação a contatos, eu diria que bem, meu LinkedIn, Carlos Eduardo Boechat. Quem quiser é só conectar, a gente pode conversar por ali mesmo. Lá tem os meus contatos também, como e-mail, telefone. Eu estou sempre muito disponível, sempre à disposição. Claro que se eu não puder determinado dia, horário, a gente acaba remarcando.


Então, sempre que quiser, vamos bater um papo, 30 minutinhos, um papo legal aqui. Eu estendo aqui também para vocês que estão assistindo, ouvindo que se eu puder ajudar vocês de alguma maneira, seja em alguma coisa, na carreira, na vida pessoal, na vida profissional, conte comigo. Vou fazer de coração.


Bárbara Rodrigues: Obrigada por aceitar o convite. Obrigada por compartilhar com a gente essa humanidade, a tua experiência e algumas coisas em comum com a nossa história. Aqui a gente também se jogou no desconhecido pra começar esse projeto que é InsiderCast. A gente. A gente acredita muito nessa humanização e eu não posso deixar passar esse episódio sem repetir. No final do dia são pessoas lidando com pessoas. Isso apareceu várias vezes na tua resposta. Apareceu agora no teu recado final e acho que é um pouco disso que a gente tenta deixar para nossa audiência e, principalmente, para aqueles que são líderes ou aqueles que querem ser líderes. Então, muito obrigada Boechat por aceitar o convite por estar aqui com a gente hoje. Obrigada a eles os meninos do InsiderCast. A gente se encontra no próximo episódio.


Fábio Oliveira: E como a gente pôde ver aqui, eu fico relembrando os meus antigos chefes. Os chefes que me marcaram, eram os chefes que eu ia com eles na fila do banco, assim aquela cumplicidade e vendo o Boechat falar, ele é um desses líderes que provavelmente se você for perguntar para quem é da equipe dele, eles vão com o Boechat na fila do banco também. Porque o Boechat mostrou uma humanização em tudo o que ele passou, o quanto ele se preocupa, quanto ele é um líder com empatia, que se coloca no lugar também das outras pessoas. Ele deu vários exemplos aqui durante o podcast e a gente também ficou muito contente em saber um pouco os desafios em termos de superação como profissional, como reinvenção, sendo que ele já trabalhou como empreendedor, voltou para o mercado corporativo como executivo e hoje enverga uma posição de liderança em uma multinacional Accenture num cargo estratégico.


Obrigado por ter participado com a gente! Hoje o episódio passou voando e a gente agradece muito por você ter aceitado o convite. Obrigado Insiders!


Clayton Lucio: Obrigado por ter participado com a gente desse bate papo. Eu tive dois insights aqui durante o episódio que eu gostaria de compartilhar com vocês. Primeiro é uma frase de um livro. Eu não vou saber, infelizmente, que faz muito, porque nesse livro eu não consegui memorizar o título. Mas é o seguinte: se aventurar é preciso. Se você ficar, você ficará segura. Mas se você ir, você poderá ter o mundo.


Eu acho que isso é muito importante. A gente se aventurar, a gente se desafiar e a gente pagar o preço pelas coisas que a gente acredita que podem dar certo. Eu acredito que hoje em dia a maioria das pessoas se aventuram sem saber. Muitas vezes os desafios têm outras pessoas que não se aventuram por ter medo, mas aquelas pessoas que sabem tudo, sabendo conscientemente que podem sim falhar, mas ainda assim querem se aventurar. São pessoas que têm grande potencial de fazerem grandes coisas no mundo.


Outra coisa que o Boechat deixou com a gente logo no começo do episódio foi o seguinte: se autoconhecer para ser uma pessoa melhor a cada dia, através dessa melhoria contínua, também poder potencializar o melhor das outras pessoas.


Eu acho que além de servir, esse é o grande papel do líder, porque quando você serve em primeiro lugar e eu acho que é sensacional quando você tem um papel de liderança, um cargo de poder, ainda assim você se põe à disposição de seus liderados.


Eu acho que essa é uma das coisas mais incríveis que você pode fazer dentro de uma empresa e muitas pessoas, infelizmente, não fazem isso como a gente percebe. Mas quando você serve a outras pessoas e você busca essa melhoria contínua e através da melhoria contínua também extrai o melhor de outras pessoas é praticamente inevitável que a empresa que tenha esses profissionais tenha sucesso.


Então, muito obrigado, Boechat, por ter compartilhado esse conteúdo com a gente. Muito obrigado, Fábio por ter participado. Muito obrigado, Bárbara.


Este conteúdo é uma transcrição da entrevista ao InsiderCast que participei a convite dos do Clayton Lucio, Bárbara Rodrigues e Fábio Oliveira.


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Carlos Eduardo Boechat

Diretor Associado de Industry X na Accenture | Diretor Executivo | Empreendedor | Conselheiro | Consultoria | Estratégia | Tecnologia | Inovação | Transformação Digital | Indústria 4.0 | Mentoria | Palestrante | Mestrado Publicado • 1 a

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