Investir em novas tecnologias para garantir a disponibilidade e confiabilidade dos ativos industriais não é mais uma estratégia que possa ser adiada.
*Fábio Vieira
Investir em novas tecnologias para garantir a disponibilidade e confiabilidade dos ativos industriais não é mais uma estratégia que possa ser adiada. Modelos tradicionais de gestão da manutenção e performance dos ativos não são mais capazes de oferecer o suporte e a agilidade necessárias para a adoção de uma abordagem preditiva. Ou até ir além, implantando uma estratégia de manutenção prescritiva, levantando e cruzando dados para gerar insights sobre possíveis falhas.
Soluções de IoT, aliadas a ferramentas de Big Data e Analytics, coletam e analisam dados provenientes de inúmeros sensores, sistemas e serviços, e os transformam em inteligência para uma melhor tomada de decisão, detectando em tempo real falhas que possam interferir na linha de produção, e também simulando cenários.
O uso da computação cognitiva, baseada na Inteligência Artificial e no Aprendizado de Máquinas, também promete revolucionar a gestão de ativos, interpretando grande quantidade de dados não estruturados em contextos e situação diversas, aliada a tecnologias de nuvem que oferecem a capacidade de agregar, armazenar e usar ferramentas de análise avançadas, com agilidade, segurança e economia.
O maior desafio está em obter a inteligência que fornecerá a capacidade, por exemplo, de identificar entre milhares de alertas automatizados sobre anomalias dos equipamentos quais realmente são críticos e precisam de uma ação imediata. Uma eficiente solução de gestão de ativos precisa atuar no monitoramento de condição do ativo; no planejamento e programação da manutenção, na execução da manutenção e na gestão da estratégia do ativo, identificando a sua criticidade.
Inovadoras tecnologias permitem modelar e programar ações de intervenção e otimização do processo, gerenciando a manutenção com base em eventos e, assim, implantar ações pontuais e customizadas, reduzindo custos e aumentando a vida útil do ativo. Inovadores sistemas de gestão de ativos podem identificar em qual equipamento uma determinada peça está chegando ao final do seu ciclo de vida, e sugerir o momento mais adequado para a sua substituição, de modo a não afetar a produção.
O que o futuro nos reserva
Em breve, acreditamos que a gestão da manutenção e da performance dos ativos poderá estar baseada nos insights gerados por sistemas computacionais, que utilizarão de tecnologias avançadas para o prognóstico e diagnostico de falhas, utilizando algoritmos capazes de interpretar e cruzar informações geradas através da identificação de padrões em imagens e leitura em sinais coletados através de instrumentos instalados em campo.
O mercado já vem estudando as aplicações de tecnologias para otimizar a manutenção e performance dos ativos. Automatizando os processos – que se tornam mais ágeis e mais simples – a tecnologia pode gerar de forma assertiva e segura o diagnóstico de falhas e garantir padrões mínimos de qualidade. O resultado é que as equipes de manutenção, ou mesmo as próprias máquinas, poderão resolver o problema de forma preventiva e automática.
É esperar para ver, ou, melhor ainda, participar de todo o processo de inovação e assumir uma postura de “early adopter” e ganhar vantagem competitiva. Não dá mais para acompanhar de longe a transformação digital.
*Por Fábio Vieira, responsável pelos produtos de Gestão de Ativos da Atech
Fonte: IT Forum 365
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