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Ministra defende cooperação multilateral em debate sobre IA

Em evento do G20, Luciana Santos apontou desafio de superar desigualdades entre países nas aplicações de inteligência artificial e necessidade de usar tecnologia em benefício da população


Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu que os debates sobre Inteligência Artificial (IA) no âmbito do G20 ajudem a reduzir as desigualdades entre os países no desenvolvimento da tecnologia. A ministra participou do encerramento do seminário “Inteligência Artificial para Equidade Social e Desenvolvimento Sustentável”, realizado nesta quarta-feira (17) pelo MCTI, que coordena o eixo de IA no Grupo de Economia Digital do G20.


“Não é possível pensar em uma estratégia de inteligência artificial que não seja com cooperação multilateral, de como nos relacionar e, ao mesmo tempo, enfrentar as assimetrias”, afirmou a ministra. Segundo ela, os debates em torno da inteligência artificial devem ser feitos conjuntamente pelos países do G20 para que a tecnologia possa ser aproveitada em benefício da humanidade e do interesse público.


“A Inteligência Artificial abre inúmeras possibilidades de aplicações, que podem trazer incríveis benefícios para a sociedade. Mas a distribuição global desigual de ativos e infraestrutura de IA - concentrada em um grupo pequeno de empresas privadas – suscita preocupações de que ela aprofunde as assimetrias de poder entre as nações”, destacou Luciana Santos.


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A ministra ressaltou que o Brasil está debatendo a inteligência artificial na dimensão que o assunto merece. Ela apontou que o assunto foi tema da última reunião do Conselho de Ciência e Tecnologia e o país deve concluir a revisão da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA) até junho.


“É necessário discutir as vocações de cada nação na área de IA, como usar essa tecnologia para o benefício da população, para melhorar as condições de vida das pessoas, preservar o meio ambiente, enfrentar a crise climática e a fome”, reforçou Luciana Santos.


Desafios


O seminário “Inteligência Artificial para Equidade Social e Desenvolvimento Sustentável”, promovido pelo MCTI em parceria com a Unesco, discutiu os desafios e caminhos para soluções que sejam inclusivas, equitativas e sustentáveis, envolvendo inteligência artificial.


A programação contou com quatro painéis com os seguintes temas: Desafios na Superação das Desigualdades de Infraestrutura para o Desenvolvimento da IA; Desafios na pesquisa, desenvolvimento e formação de recursos humanos em IA; Desafios éticos e impactos do uso da IA na sociedade: desafios culturais, linguísticos, de diversidade social, éticos e de privacidade; Governança da IA: Desafios nacionais e internacionais.


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O evento contou com a presença de especialistas brasileiros e de outros países, do setor acadêmico, empresarial e da sociedade civil, que apontaram caminhos a seguir e evitar. Entre as autoridades, participaram o secretário de Ciência e Tecnologia para a Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, o embaixador Luciano Mazza, chair do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20 durante a presidência brasileira, e a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.


A íntegra do evento está disponível na página do MCTI no YouTube


Fonte: MCTI


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