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Inteligência Artificial pode substituir o homem em processos de decisão?

Foto do escritor: BR40BR40

As máquinas já tem capacidade de pensarem como seres humanos e, apesar de serem apoiados em dados digitais, tomam decisões de forma independente.


Uranio Bonoldi

Foto: Shutterstock - IT Forum 365

Hoje, com um simples comando de voz conseguimos ativar uma eficiente assistente que vive magicamente dentro de nossos smartphones, seja para fazer nossas ligações, nos dizer como está o tempo ou até procurar o restaurante mais próximo. Somos diariamente auxiliados por diversos mecanismos e softwares de Inteligência Artificial, como a Siri, assistente inteligente dos aparelhos da Apple. Não só celulares, mas também carros autônomos, redes sociais, buscadores da Internet, sistemas de atendimento, fazem com que a Inteligência Artificial (IA) esteja inserida em nossa rotina.


De modo geral, a IA é a capacidade das máquinas de pensarem como seres humanos e, apesar de serem apoiados em dados digitais, esses sistemas tomam decisões de forma independente. Essa habilidade nos ajuda a resolver problemas práticos, conseguir respostas rápidas, poupar tempo e a tomar decisões. Mas como seria se esses sistemas tomassem decisões por nós?


Por conta de uma capacidade de armazenamento e análise de dados cada vez maior, estamos nos aproximando de um cenário em que a IA desempenhará um grande papel em nossas escolhas e com grande autonomia. Algumas empresas globais já estão migrando para um estilo de tomada de decisão baseado em algoritmo e liderado por esses sistemas.


Um exemplo disso são os sistemas de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente) que permitem muitas funções automatizadas, ajudando equipes de venda e marketing a trabalharem com mais eficiência. Essas decisões tomadas pela IA, também são executadas diariamente através de sistemas de recomendação em sites e aplicativos de música e, na internet, bots estão constantemente classificando nossos interesses em sites, páginas e produtos. Será que isso trará um impacto positivo para nossas vidas?


Em 2018, a IBM apresentou o Project Debater, uma IA com capacidade de não só decidir mas também argumentar. Esse projeto fundamenta-se no princípio de que nós humanos somos emocionais e que em muitos casos as emoções interferem nas decisões levando a um resultado não positivo. O Debater da IBM pode ser útil em casos em que há conflito e emoção em um argumento e tem o objetivo de nos ajudar a tomar decisões mais bem informadas e racionais.


Seja no trabalho ou na vida pessoal, sem sombra de dúvidas, esse tipo de tecnologia pode nos tornar pessoas e profissionais mais produtivos e melhorar a velocidade e a qualidade com as quais as decisões são tomadas. É um novo e mais rápido meio para a eficácia e eficiência, e possui potencial para nos levar a capacidades inovadoras e melhores oportunidades.


Você pode estar se perguntando: mas até que ponto eu posso confiar em decisões tomadas por uma interface inteligente? Com certeza esta é uma questão a ser refletida.


A IA pode se tornar nossa grande aliada e, combinada com a inteligência humana, pode nos levar a caminhos e resultados incríveis. Cabe aqui a fala do Dr. Aya Soffer, vice-presidente sênior de AI Tech da AI Research da IBM, sobre o Debater: "O que estamos fazendo com o Project Debater é desenvolver tecnologia que possa ajudar a tomar decisões mais informadas, e não tomar as decisões por você", disse.


Devemos lembrar que a IA sempre estará trabalhando com o que o homem aprendeu, regulamentou e que acabou por se tornar um padrão, portanto, algo repetitivo, baseado nos padrões passados. E como fica a inovação? O futuro? Aquilo que é novo? Esta atribuição é da decisão do homem e não da máquina!


Portanto, acrescento que não devemos deixar de acreditar em nossa intuição e na nossa capacidade de decidir. Até porque ninguém conhece você melhor do que você mesmo!


*Por Uranio Bonoldi, professor em cursos de MBA na Fundação Dom Cabral, conferencista e consultor em gestão, governança corporativa e planejamento estratégico, dando suporte a empresas que desejam crescer de forma estruturada. A partir de sua longa experiência executiva em cargos de alta gestão, observou a dificuldade das pessoas em tomar decisões não só nos negócios, mas também na vida pessoal. Tal constatação levou-o a integrar sua experiência profissional a pesquisas e reflexões sobre liderança e processo de decision making. Na Fundação Dom Cabral ministra aulas para executivos sobre poder e decisão.


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