Encontro virtual apresentou panorama do mercado colombiano, considerado um hub de negócios atrativo na América espanhola
As oportunidades de negócios brasileiros na Colômbia foram o tema do Sebrae Day, realizado nesta segunda-feira (15), em parceria com o Inovabra Habitat, espaço de coinovação do Bradesco. A edição do evento aconteceu, pela primeira vez, de forma totalmente online devido à pandemia do Covid-19. A live (incluir link) contou com a participação de Gabriel Walmory e Marco Franke, sócios da Broggini Partners, consultoria referência em internacionalização de negócios, que possui seis escritórios em diferentes países, sendo o maior deles atualmente em Bogotá, capital da Colômbia.
De acordo com a analista de inovação do Sebrae, Giovana Serenato, a escolha do tema para o evento levou em consideração os mitos que envolvem o processo de internacionalização. “Pretendemos desmistificar alguns conceitos e ajudar o empreendedor a compreender o que é internacionalização, quais são os mitos desse processo e quais estratégias mais adequadas para a expansão global. Além de apresentar ferramentas de conexão internacional que poderão ajudar no desenvolvimento de produtos e na captação de clientes para o seu negócio”, explicou.
Durante o encontro virtual, na plataforma do Inovabra Habitat, os convidados apresentaram um panorama completo da Colômbia, que possui a 2ª maior população da América Latina e que, nos últimos anos, tem buscado ampliar as parcerias comerciais internacionais, inclusive com o Brasil. Além de dados demográficos e macroeconômicos, Gabriel Walmory destacou o potencial do mercado importador colombiano e analisou os prós e os contras dos modelos de internacionalização existentes, tanto de natureza comercial quanto industrial.
Segundo ele, a Colômbia apresenta peculiaridades regionais que devem ser consideradas de acordo com o segmento do negócio e apresenta um mercado menos protecionista que o Brasil. “A Colômbia tem facilidade muito interessante para a constituição de negócios. É um mercado mais aberto, pró-business. Para vocês terem uma ideia, a nossa empresa, por exemplo, mesmo com três sócios estrangeiros foi constituída em 24 horas com custos muito menores, sem necessidade de um escritório de advocacia, apenas um apoio contábil”, contou.
Marco Franke, que foi o sócio responsável por iniciar as operações da Broggini, em 2016, apresentou uma série de indicações e simulações de custos para os empresários interessados em operar no país, entre eles, custo de pessoal, aluguel de escritórios nas principais cidades, em relação ao valor do m², custo para abrir um centro de distribuição etc. Em uma das análises, ele estimou em R$ 25.465 os custos mensais no ano um para uma startup comercial funcionar em Bogotá, com equipe formada por um sales manager, vendedor, uma secretária e um contador, incluindo as despesas de telefone, luz e internet.
O Sebrae Day já impactou mais de 12 mil empreendedores e, junto com o Inovabra Habitat, o Sebrae tem contribuído com ações de ativação e engajamento do ecossistema entregando conteúdo em formato de palestras, workshops e mentorias. Tem o papel de apoiar as mais de 200 startups com conexões e programas, além de relacionamentos com as mais de 90 corporações que fazem parte do ambiente.
Confira abaixo os cinco aspectos apontados como essenciais para internacionalizar o seu negócio:
1. Planejar o processo de internacionalização
Segundo Franke, não adianta improvisar. “ O processo de internacionalização não é um plano de fuga e, como tudo na vida, precisa de planejamento”, afirmou. Para ele, é preciso definir o que se quer exportar, verificar se o produto ou serviço está disponível em língua espanhola, com catálogo comercial, site e equipe adequados.
2. Se diferenciar da concorrência local e internacional
“Sempre vai ter alguém que vai ser mais econômico, seja ele asiático ou não. Então é muito importante focar no serviço”, analisou o especialista. Como apresentado na live, a China é um dos principais parceiros comerciais da Colômbia. Por isso, Franke recomenda ter alguém com tempo e disposição para oferecer um serviço de qualidade e ágil.
3. Contar com a ajuda de recursos/partners locais
O empresário tem que ter a humildade intelectual de reconhecer que não sabe e querer aprender. Com experiência de operação da Broggini na Colômbia, EUA e México, Franke contou como foi importante ter alguém local para ajudar a constituir a empresa. “Não é a questão de falar espanhol, é a questão de você falar a mesma língua comercial”, explicou.
4. Antes de definir a modalidade de entrada, estude o mercado
Para operar, é preciso que o empresário avalie o próprio posicionamento de mercado, preços, brands e embalagens. Segundo o especialista, é preciso avaliar cada região da Colômbia, a partir do segmento de negócio e seus objetivos estratégicos. “Tendo o país dividido em cinco regiões, verificar onde está concentrada a sua demanda e função disso, definir onde fixar a sua presença local”, orientou.
5. Necessário comprometimento constante da direção da empresa
Tenha tempo para se dedicar ao seu projeto de internacionalização. “Se você, por qualquer razão, tem o tempo comprometido com outra coisa, então nem comece”, afirmou. Segundo ele, muitos empresários começam, mas não tem disponibilidade nem equipe para atuar no desenvolvimento de novos negócios.
Para assistir o debate, clique aqui.
Confira as próximas atrações do Sebrae Day
16 de julho
Tendências do Turismo pós Covid-19 e as oportunidades para startups
Horário: 15h às 18h
23 de julho
Roda Viva da Inovação - Mulheres
Horário: 18h às 21h
Fonte: ASN - Agência Sebrae de Notícias
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